Dezenas de jovens angolanos, boa parte deles desempregados, depositam tempo e dinheiro em casas de jogos com intituito de ganhar milhões.
Por: Edilson Pinto e Carla Nayara
Em todos os municípios de Luanda, é visível o crescimento vertiginoso de casas de apostas, que têm as salas cheias quando há jogos, principalmente da Liga dos Campeões.
Para muitos, estas apostas representam uma oportunidade única de se tornar ´endinheirado’, enquanto para outros, representa uma oportunidade de emprego que chega para solucionar alguns problemas como o pagamento de propinas ou até mesmo a alimentação diária.
O NA MIRA DO CRIME saiu a rua para saber junto dos intervenientes, como tem sido, de facto, este negócio, que tem a testa empresas como PREMIERBET, ANGOFOOT, BANTUBETT e BETSPORT, esta última Angolana e as outras com consórcios estrangeiros
O jovem William, por exemplo, disse que começou a apostar há pouco tempo, depois de saber que um jovem angolano ganhou 42 milhões de kwanzas numa só sentada. “Comecei por apostar apenas 100kwanzas, mas hoje já jogo até de mil, e hoje até parece um vicio”, pois, conta, “bate fichas” todos os dias e já teve os seus dias de glória.
No Cassequel, encontramos a senhora Fátima que alegou preferir a BANTUBET, por não precisar de internet. “Com 100 kwanzas, às vezes, tenho conseguido entre 2 a 4 mil kwanzas”, disse.
Laurinda Gaspar moradora da Comissão do Nzamba 1, no município do Cazenga, disse que acompanhou uma irmã que jogou e ganhou 280 mil kwanzas, desde aquela data ficou motivada e aposta quase sempre, uma vez que tem sonho de comprar a própria residência.
“Uma vez, também, já apostei 5 mil kwanzas e ganhei 120, então tenho esperança de um dia ganhar muitos milhões”, disse emocionada.
As casas de jogos, por sua vez, oferecem promoções, bônus e ofertas para cada vez mais aliciarem o jogador, tornando o ciclo numa espécie de ‘kixikila’, onde os perdedores financiam os vencedores, com um supervisor que fica com parte deste valor.
Do mais econômico como a BANTUBET a mais completa como a PREMIERBET, a realidade é que temos Homens e Mulheres chefes de família a jogarem compulsivamente estes jogos de sorte e também de azar.