Conforme avançou o “ NA MIRA DO CRIME” o grupo HDA foi desde o seu surgimento – em data desconhecida – liderado por Júlio Tchinhama Sumixi “Jú”, um jovem que foi morto em Janeiro de 2012, nas mediações da embaixada portuguesa quando regressava da discoteca W-Club, em Luanda.
Embora os HDA apontam um agente do Serviço de Investigação Criminal (SIC), antiga DNIC, identificado por “Russinho”, como o autor dos disparos contra Júlio Tchinhama Sumixi, há, por outro lado, suspeitas de que à morte de Júlio terá sido em retaliação ao desaparecimento físico de um jovem identificado por “Kiss”, assassinado a tiro pelo malogrado líder dos praticantes de artes marciais.
De acordo com dados, fazem parte dos HDA elementos de vários estratos da sociedade, como destacados jovens empreendedores, e outros praticantes de actividades não especificadas. Dos seus rendimentos, eles ajudam músicos e outros que solicitam os seus préstimos.
Recentemente ficaram com a fama de terem desembolsado cerca de 70 mil dólares americanos para soltura de um elemento seu identificado por “Pikito” que estaria a ter problemas com a justiça.
Os HDA gozam da admiração de algumas pessoas inclusive de agentes do SIC, com quem tem ligações estreitas. Outros há que estão no SIC provenientes do referido grupo.
Em 2018, na semana da passagem de ano, os HDA tiveram desentendimento com um grupo conhecido por “Alameda Squad” na discoteca “Chill Out” em Luanda.
Em função disto foram esfaqueados quatro indivíduos, dentre os quais Fernandes Silva “Nando Power”, que tem a fama de ter “sete vidas” por ter sobrevivido ao apanhar três tiros no dia em que o malogrado líder Júlio foi morto, em 2012.
De acordo com relatos, a briga recente na discoteca “Chill Out” aconteceu quando um jovem ao passar pisou sem querer, o Fernandes Silva “Nando Power” tendo entretanto pedido desculpas.
Ao tomar conhecimento do incidente, o actual líder do HDA “Pablo Ouro” terá reagido sob alegação de que o seu amigo não poderia aceitar que o caso ficasse “assim”.
“Pablo Ouro” teria dito que se o amigo assim permitisse que o assunto terminasse “em nada”, num outro dia alguém iria aparecer a despeja-lo cerveja no rosto e depois iria também encerrar o caso com um simples “pedido de desculpas”.
Entretanto, de forma a retaliar, o líder do grupo foi ter com o jovem que pisou o amigo Fernandes Silva “Nando Power” e deu-lhe um murro no peito dizendo que era o troco pelo que fez.
Momentos a seguir, o jovem fez um telefonema convocando os seus amigos dos “Alamedas Squad”. Quando estes chegaram com armas brancas (canivetes), talharam parte do rosto e corpo de quatro elementos identificados com os HDA. Um deles, ao ser levado para o hospital terá levado cerca de 70 pontos num rasgão que levou do peito. “Nando Power”, que ficou com o rosto rasgado levou cerca de 20 pontos.